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Conectando independência financeira, saúde mental e psicologia econômica.


Conectando independência financeira, saúde mental e psicologia econômica.

Qual a relação entre elas? Descubra se existem pontos em comum.


O final do ano está chegando e o início do próximo já desponta. A expectativa sobre a retomada dos planos que tinham sido definidos para acontecer, geram certa ansiedade. No trabalho, as reuniões de planejamento, definição de metas, análises e cálculos orçamentários tomam boa parte do tempo das equipes. Já dentro de casa, começam as negociações sobre o que vai ocupar o orçamento pessoal e da família: aluguel, pet, financiamento, material escolar, matrículas, academia, remédios, poupança, férias e beleza. E sempre surge a pergunta: quantos passos faltam para chegar à tão sonhada independência financeira? Contudo, para a maioria, a preocupação está localizada algumas etapas antes: como conseguir um equilíbrio financeiro agora, visando iniciar o plano de independência financeira.


A definição de Independência Financeira é “Estado em que uma pessoa atinge uma estabilidade financeira que lhe permite sustentar o estilo de vida desejado, o que pode significar não depender de uma única fonte de renda ou a criação de investimentos de ativos que gerem renda suficiente para cobrir as suas despesas regulares.” Alcançar independência financeira é adotar estratégias de controle de gastos, planejar e criar um orçamento sólido. Isso não significa necessariamente parar de trabalhar, mas sim ter a liberdade de escolher como e onde dedicar o tempo e a energia, sem a pressão financeira eminente. É um objetivo que varia de pessoa para pessoa, um processo gradual que requer disciplina, paciência e o entendimento claro dos próprios objetivos de vida.


E aqui entra a Psicologia Econômica, que estuda a conexão do aspecto psicológico das pessoas às suas decisões financeiras e aos padrões de comportamento. Inclusive já existem estudos sobre a neuroeconomia comportamental, que é uma análise da atividade cerebral usando imagens avançadas e testes bioquímicos antes, durante e depois das escolhas econômicas. Esses testes são realizados por EEG (eletroencefalografia) e ressonância magnética funcional (FMRI). Um bom exemplo da psicologia econômica é o viés cognitivo. Vieses geralmente são definidos por fatores inconscientes, culturais, valores morais, históricos de vida, traumas, necessidade de identificação e pertencimento. Uma pessoa que tem aversão à perda dificilmente vai ter um comportamento financeiro de risco, evitando se envolver com aplicações arriscadas e preferindo um investimento com o qual não se sinta vulnerável, que traga estabilidade, com baixa preocupação em relação ao longo prazo. Por outro lado, pessoas que buscam receber resultados mais rápidos, volumosos ou apreciam o jogo do risco tendem a decisões menos conservadoras em relação ao seu dinheiro.


Interessante perceber como a perspectiva das interações sociais e normas culturais moldam as preferências nas decisões financeiras. Indivíduos com aversão à perda de influência social focam em aquisições que possam garantir que eles estejam em constante destaque. Outros pontos altamente influentes são crises econômicas, padrões de consumo regional, eventos históricos, incertezas em relação à legislação, eleições e guerras.


O aspecto da Saúde Mental surge quando as consequências das decisões tomadas atingem a capacidade do indivíduo de lidar com isso de forma emocionalmente equilibrada.


· Problemas de saúde mental como ansiedade e depressão, podem influenciar negativamente a capacidade de tomar decisões financeiras.


· Dificuldades financeiras e estresse econômico podem impactar significativamente a saúde mental. A ansiedade relacionada a questões financeiras é comum, e o estresse financeiro contínuo pode contribuir para distúrbios de saúde mental.



· O entendimento das motivações por trás da satisfação pessoal, do consumo excessivo ou restritivo podem trazer implicações tanto para a saúde mental quanto para as decisões econômicas.


· Dificuldades com o autocontrole podem levar a decisões financeiras prejudiciais e podem estar relacionadas a vícios ou comportamentos impulsivos.


· A estabilidade financeira é muitas vezes vista como um fator que contribui para o bem-estar mental. Por outro lado, problemas de saúde mental podem afetar a capacidade de manter-se ativo profissionalmente e alcançar independência financeira.


O equilíbrio financeiro é fruto do entendimento de que a Saúde Mental, a Independência Financeira e a Psicologia Econômica são codependentes. O sucesso desse projeto depende da dedicação e envolvimento do indivíduo que, focado no autoconhecimento e decisões conscientes, consegue construir uma base sólida capaz de sustentar essas três esferas de forma saudável.


Por Cláudia Cruz | Gestão de Pessoas na ABordin

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