Bom dia! Hoje é dia de cozinhar feijão aqui em casa e, pensando nisso, ontem comprei um pacote de feijão, de excelente marca e em uma grande e importante rede de supermercados.
Antes de selecionar intuitivamente o pacote de feijão por sua aparência e comprá-lo, é lógico, conferi as datas de fabricação e validade. Tudo em ordem, compra efetuada com sucesso.
Surpresa!!! Hoje, apenas um dia após a compra, ao iniciar a seleção do feijão e antes de ir para a panela: carunchos...
Diversos sentimentos surgiram: susto, nojo, raiva, preocupação, fome, traição, medo, ansiedade, falta de inteligência, meu planejamento do dia “furou”, preciso rever meu procedimento de compras... Chega!
É só um feijão. Que bom que sou Perita Contadora e Economista, pois posso ver o problema por vários ângulos, construir assertivamente e, de forma fundamentada, a minha opinião sobre o caso.
Pois é, um Perito desenvolve esse olhar questionador por estar perito em diversos casos e conclui que aquilo que, aparentemente, está correto e atende às melhores práticas, dentro das regras estabelecidas para bons negócios, nem sempre é a verdade dos fatos.
Na Perícia Contábil, a experiência também se consolida por meio de trabalhos em equipes, como as da Assessor Bordin. A tradição e responsabilidade em suas peças técnicas fazem toda a diferença para lidarmos com algumas “infestações”.
Por aqui, coletamos e examinamos elementos de prova, buscando enxergar os “carunchos” dos nossos casos. E ainda, sempre vamos nos deparar e aprender com a riqueza dos pontos polêmicos trazidos pelas melhores defesas jurídicas, como, num simples exemplo: mas esse pequeno inseto, afinal, é prejudicial à saúde?
Vejamos: se estamos exercendo a função de assistente técnico da parte que vendeu o feijão com caruncho, efetivamente, poderá vir a ser defendido que inexiste prejuízo. Por sua vez, se atuamos pela parte que se sente lesada, por exemplo, pela falta de higiene do armazenamento desse item, a controvérsia está instaurada.
É deferida a perícia!
É a vez dos auxiliares da justiça entrarem no caso, ou seja, experts químicos, engenheiros, biomédicos, psicólogos, médicos, contadores, economistas, administradores ou outros. Enfim, nunca se sabe qual trajetória um Juiz de Direito poderá adotar para que a justiça seja feita. E nós, ilustres e incansáveis Peritos, somos os olhos desse Juiz em matérias técnicas.
E lá vamos nós, por exemplo, os contadores, dissecar um “caruncho”, numa lente contábil, para materializar eventual prejuízo patrimonial causado a alguém, seu modus operandi e o quantum debeatur.
Bem-vindos ao mundo de um Perito que, embora dependa de um caso para desempenhar essa função, está sempre atento à verdade dos fatos, suas consequências e na sua responsabilidade técnica e social na prevenção de problemas e na elucidação da verdade para que a Justiça seja feita.
Adriana Volejnik Sócia e Diretora da área de Perícia Contábil
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